quinta-feira, 15 de agosto de 2013


AVALIAÇÃO DOS ALUNOS SOBRE AS AULAS DE ARTES

OBS: Transcreverei algumas avaliações de meus alunos escolhidas entre aquelas que demonstraram uma maior percepção, detalhamento, profundidade e ou sensibilidade para captar os amplos objetivos das aulas.
De uma forma geral, a maioria das avaliações dos alunos podem ser resumidas em manisfestadões do que foi bom, "legal", agradável ou tímidas menções a alguma coisa negativa. Avaliar as aulas mais profundamente requer uma capacidade de sentir, mais do que apenas racionalizar, aspectos que não estão muito evidentes para os adolescentes que ainda estão começando a desenvolver e a exercitar o espírito crítico que, até o momento, esteve reprimido por intervenções educacionais ao longo de suas vidas.

AVALIAÇÃO SOBRE O 1º SEMESTRE DE 2014 - ALUNO DARLAN CAMPOS MARIANO - 1º INFORMÁTICA

Introdução:
Criatividade, esse era o tema do segundo bimestre. Existem várias formas de se trabalhar com a criatividade, mas o que é criatividade?
A criatividade é a habilidade de criar ou o potencial criativo. Consiste em encontrar métodos para executar tarefas de uma maneira nova ou diferente do habitual, com a intenção de satisfazer um propósito.
O método tomado pela educadora Renata Arantes consistia em uma série de passos:
1° - O ensino da criatividade, que consistia em ensinar para os alunos o que é criatividade, acredite, nós não sabíamos.
2° - "Reciclagem", que foi a coleta dos materiais que futuramente vieram a ser os materiais utilizados nos trabalhos. Os alunos foram para as ruas buscando conteúdos que seriam jogados fora, conteúdos recicláveis.
3° - Criação da peça. Essa parte foi dividida em 3 partes também, a primeira era o pensamento, pensar em que iria fazer, o "fundamento da ideia", a segunda era começar a produzir a ideia e a terceira parte foi o acabamento da ideia.
Foi avisado pela educadora, que existia 3 tipos de criatividade:
1° - A que você cria algo jamais visto, algo completamente de sua cabeça (a mais difícil entre as outras, acredite, tanto a imaginação quanto a aceitação da peça são coisas dificílimas). São as peças consideradas abstratas, de uma maneira geral.
2° - A que você reinventa algo, pega algo que já existe e modifica, acrescenta um "toque mágico" que dá o brilho a peça,
3° - A mais polêmica entre as outras, muitos nem se quer a consideram criativa, essa etapa consiste em nada mais, nada menos, que copiar algo, reproduzir de maneira idêntica, outra obra (se tiver algo diferente não foi intenção do autor modificar a peça, e sim incapacidade de reproduzir a peça de maneira idêntica).
O trabalho durou l bimestre, e nesse bimestre deu para observar várias coisas, tanto coisas individuais dos companheiros de classe, tanto quanto em coisas coletivas (o que é um pouco mais triste, ver que ainda existem várias pessoas cometendo os mesmos erros).

Comprometimento:
Seria injusto falar que não houve comprometimento com o trabalho, um trabalho com duração de l bimestre exige um mínimo de comprometimento, porém, poderia ter mais comprometimento, digamos que houve comprometimento para fazer com que a "arte" chegasse a um resultado final, comprometimento suficiente para nota! Em outras palavras, poucos foram os que buscaram terminar a peça independente de nota, e sim preocupado com o resultado final, com a peça em si, a grande maioria fez algo rápido e fácil para poder falar:
"Eu fiz, agora avalie e dê minha nota". Pelo menos foi isso que eu vi em alguns casos. Lógico que houve pessoas com ideias brilhantes e que deram 90% delas para o trabalho, se empenharam para que no final tivesse algo deles no trabalho, alguns não tiveram uma ideia muito boa (não estou julgando a ideia dos outros, estou dando um exemplo), mas criaram de um jeito diferente, construíram de uma forma inovadora, fazendo com que uma ideia xucra se tornasse uma obra linda no final, outros tiveram ideias tão legais, porém não souberam desenvolve-la, talvez pelo fato de que a ideia era tão legal ao ponto de se tornar algo difícil de fazer. Teve também os que ficaram excelentes, com ideias fantásticas e com desenvolvimento e acabamento da ideia perfeitos, portanto, em matéria de comprometimento é difícil falar de uma maneira geral, comprometimento (em minha opinião) tem que ser observado pessoalmente, observar cada pessoa. Mesmo com essa dificuldade, acho que o comprometimento foi de certa forma legal, falho, mas legal. Falando sobre meu grupo, houve algo marcante, descrito pela professora como "inédito", que foi o fato de uma peça sumir. Ainda não descobriu quem foi, ou o que foi, mas sumiu. Um material dentro de uma sala, sumir desse jeito? Brincadeira entre alunos que pegaram a peça para sacanear o colega? Não se sabe, mas de qualquer forma isso ainda mostra como que estão as mentes dos alunos.

Organização:
Assim como o comprometimento, a organização teve os pontos altos e os pontos baixos, tiveram alunos que foram tão desorganizados a ponto de começar fazendo uma peça e depois decidir fazer outra (foi o meu caso). Tá, tudo bem que eu só fiz outra coisa porque eu perdi minha primeira ideia (MAIS DESORGANIZADO AINDA!). Mas tiveram as pessoas que foram exemplarmente organizadas, desde o início, cuidadosas em montar a peça, cuidadosa em guardar a peça, entre outras coisas.
A organização da sala entra um pouco no assunto de 'trabalho em equipe', pois no início de todas as aulas foi dito para os alunos: "Sujou, limpa, vamos contribuir para deixar a sala arrumada". Não preciso dizer o que as pessoas fizeram né!? Um subgrupo contém aproximadamente uns 18 alunos, no final de cada aula um grupo de alunos ficava para arrumar a bagunça de seu subgrupo, se fosse visto um grupo com mais de 7 pessoas arrumando a sala, acredite, foi um dia de muita sorte! E quase sempre eram as mesmas pessoas arrumando, não por puxar saco ou querer nota, mas sim porque tinha consciência de que a sala não estava daquele jeito antes do início da aula, parabéns para essas pessoas!

Trabalho em equipe:
Eu juro que em todo meu relatório eu tenho mostrado os pontos positivos, buscando mostrar que não está tudo tão ruim, que teve as pessoas que se destacaram com suas ideias e com suas atitudes, mas falar isso do trabalho em equipe é bem difícil! Lógico que eu estou falando estritamente do meu subgrupo, pois não vi o trabalho dos outros. Pude perceber que é bem mais fácil fazer um trabalho em equipe com uma equipe pequena. No final da aula, por exemplo, o grupo de alunos que ficava uns 5 minutos depois da aula para arrumar a sala fazia um trabalho em equipe melhor do que quando juntava o subgrupo todo, e mesmo assim ainda havia discórdias, como: "Não, me dê a vassoura, eu que vou varrer.", "Você está varrendo errado, deixa eu fazer isso." ou " Nossa, você está espalhando tudo que eu já varri.". Pude perceber que as pessoas do meu subgrupo amam vassouras, e que adoram varrer. Em geral, onde tinha discórdia tinha uma vassoura no meio, é sério, quem estava com a vassoura devia se sentir um rei. Enquanto isso havia aquelas pessoas que não eram apaixonados por vassouras, que enquanto assistia uma luta por uma vassoura, ficava recolhendo a bagunça em cima das mesas e colocando as coisas nos lugares (seria legal se essa informação das vassouras fosse passada para os pais dos alunos, seria tão legal ver essa paixão por uma vassoura dentro da casa deles também).
Criatividade:


O processo de criatividade é difícil de ser julgado, pois ninguém (não tenho certeza, mas acho que ninguém dos primeiros anos, do meu grupo eu posso falar com certeza!) atingiu o ápice da criatividade, ninguém inventou algo completamente novo, tudo foi recriado, mas tenho que admitir que o resultado final foi bem legal! Acabou que a criatividade foi mostrada no acabamento, na parte bela do trabalho, as pessoas pintaram e complementaram os trabalhos de maneira tão similar a grandes artistas, elas inovaram, fizeram um show de cores, ficou bem legal, a criatividade no acabamento não tem nem o que discutir, foi fantástico, mas acho que seria mais legal se parte dessa criatividade fosse destinada a criar algo jamais visto. Por mais que isso possa soar como hipocrisia, pelo fato de eu também não ter feito algo novo, eu não me isento dessa culpa, o meu resultado final seria bem mais legal se eu tivesse criado algo completamente novo.

Solidariedade;
A solidariedade foi desenvolvida imensamente bem no meu subgrupo, só que só foi desenvolvida por aqueles que não estavam fazendo seus trabalhos, seja porque estava muito na frente ou simplesmente porque não tinham um trabalho para fazer. Meu subgrupo é formado por diversos grupos, um subgrupo possui 18 alunos, mais ou menos, desses 18 alunos surgem mais uns 4 grupos, a sala está bem dividida, a solidariedade foi desenvolvida só de integrantes desses grupos para membros de seu grupo, as vezes dava para ver duas, três pessoas ajudando uma mesma pessoa, e ao mesmo tempo tinha uma pessoa sozinha, sem ajuda nenhuma

Bloqueios individuais, dificuldades:
Não sei se é comum acontecer esses bloqueios, e nem sei por que acontece, sempre falamos sobre respeitar a opinião dos outros, sobre respeitar os outros, mas a verdade é que poucas pessoas exercem aquilo que falam, no meu subgrupo foi comum haver discórdias (infelizmente), só que depois de uma discórdia, as pessoas ficavam com raiva, não aceitavam não ter suas ideias aceitas nem contrariadas, cada ideia contrária terminava em discussão, com isso pessoas se calaram, não quiseram expor suas opiniões. Geralmente, todas as discussões eu estava envolvido, o que é bastante chato.
Não é que eu sou do contra ou que sou cabeça dura, só quero que as pessoas me mostrem o porquê que minha ideia é ruim. Concordo que muitas vezes minhas ideias estavam erradas, mas muitas vezes as pessoas rejeitavam minhas ideias só pelo fato de elas virem de mim como se de tanto eu falar, eles não quisessem mais me escutar. É bem chato quando a professora pede uma opinião e todo mundo começa a falar "Fala aí Darlan, dê sua opinião."
Com isso eu tentei me calar muito esse bimestre, não expor minha opinião, mas nunca consegui fazer isso. Só consegui ficar calado quando estava criando e produzindo minha peça, naquele momento eu me fechava de tudo e concentrava na peça, nem mesmo escutando o que os outros estavam falando direito (egoísmo, confesso). Por diversas vezes eu saí meio "chateado" da aula, não por causa da aula, mas pelo jeito que as pessoas falavam, sempre acusando e me chamando de chato por contrariá-las, criando antipatias sem nem mesmo procurarem saber o que aconteceu. Outro bloqueio foram as competições entre os trabalhos, as pessoas falavam que tal coisa estava ruim, que tinha que fazer de um outro jeito, tomavam conta das peças dos outros, mas não olhavam a própria peça.
A verdade é que é bem mais fácil trabalhar sozinho, só você e suas ideias, sem ser contrariado e julgado, sem ouvir baboseiras e sem discussões. Confesso que eu prefiro mil vezes fazer algum trabalho sozinho do que fazer um trabalho com um grupo, pelo menos em um trabalho sozinho eu tenho que conviver só comigo. É tão difícil conviver com outras pessoas, é tão mais legal sentar sozinho em seu canto e fazer as coisas do seu jeito. Eu sei que isso é errado e que mais cedo ou mais tarde eu vou ter que aprender a trabalhar em equipe, mas trabalhar em uma equipe que não quer trabalhar é bem difícil, e quase sempre é assim, aí se você quer fazer um trabalho direito, você "se acha o melhor" e é muito certinho, muito preocupado. Meu bloqueio ou dificuldade é trabalhar em equipe.




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