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PROJETO
DE EXTENSÃO SOCIAL – GRUPO FOLCLÓRICO ASSUM PRETO
Relato de experiência de uma proposta educacional que
tem como objetivo libertar o ser humano e transformá-lo em ator de seu projeto
de vida através da pesquisa, registro e divulgação da cultura brasileira.
REFLEXÕES
INICIAIS:
- Por que nós, profissionais da educação, participamos
de encontros como este? O que nós buscamos? Mais conhecimento? Atualização/capacitação?
Ou respostas às nossas questões individuais?
- O que levamos daqui? Ideias inovadoras? O que
fazemos quando voltamos para nossa realidade, para nossas escolas, com uma ideia
nova? Conseguiremos implantá-las, romper com padrões muitas vezes já
estabelecidos? Sozinhos teremos força e persistência?
- O que será que nossa sociedade espera de um FÓRUM como este e de nós que estamos aqui presentes? Que compromisso temos com esta
sociedade, com este mundo?
Nós,
educadores, temos esquecido de um grande poder que temos nas mãos: o poder de
transformar, de ajudar a construir um mundo novo, um mundo que a maioria sonha.
A questão
mais importante não é o que fazer, mas, o que já estamos fazendo em nossas
aulas e em nossa escola para transformar este mundo? Há dois caminhos de ação,
um que reproduz o mundo que aí está e outro que promove a sua transformação.
O poder
está conosco, na educação, mas, muitas vezes, somos “distraídos” pela mídia ¹ sensacionalista que, mostrando este mundo maior, distancia-nos de nosso mundo
mais próximo, onde nossa ação pode ser mais efetiva: nossa sala de aula, nossa
escola e nossa cidade. É neste mundo que podemos intervir, participar
ativamente e transformar.
Em Leopoldina,
como na maior parte do Brasil, escreve-se muito, e muito bem, sobre educação.
Encontramos nos livros, nos artigos científicos, nas leis, nas missões, nos projetos
pedagógicos de cada escola e nos planos de curso ideias e propostas excelentes
para que transformações sociais ocorram, mas, muitas vezes, ficam só no papel.
Talvez espelhando outro papel que veio “lá de cima”, do governo...
Diretores,
coordenadores e especialistas da educação se “afogam” em tanta burocracia a
cumprir e não têm tempo de cuidar do pedagógico, de acompanhar o processo
educacional de sua escola.
O que
acontece conosco, seres humanos, que não resgatamos em nós a capacidade de
sonhar, de criar, de acreditar no sonho da mudança e, principalmente, agir,
colocar em ação tudo o que, muitas vezes, já está escrito? Não há dúvida que é
mais cômodo e fácil reproduzir o que já existe.
- Como podemos formar ou até mesmo cobrar de nossos
alunos aquilo que não somos?
A maioria das escolas trabalha as disciplinas apenas como
um fim em si mesmo, e não como meio
de desenvolver os alunos e interferir no mundo mais próximo e real.
Estas questões mereceriam mais uns tantos eventos como
este e outras tantas reuniões pedagógicas de educação para que pudéssemos
chegar a respostas concretas e, principalmente, ações definidas em conjunto
para o benefício de uma maioria. É isso
que o nosso mundo, nossa escola, nossa cidade, está precisando e urgente!
No contexto
desta reflexão, o Cefet Campus III de Leopoldina apresenta, neste Fórum, o
PROJETO DE EXTENSÃO SOCIAL ASSUM PRETO. Um projeto que ultrapassa a sala de
aula e que proporciona a toda comunidade leopoldinense e região uma
oportunidade de sonhar, criar, desenvolver potencialidades e trabalhar o ser
humano de forma integral. Aqui, aliamos arte e responsabilidade social em busca
dessa transformação pessoal e social.
Analisando bem, esse projeto vai na contramão do que
observamos no mundo, onde os interesses individuais, particulares são mais
fortes do que os interesses públicos, do bem comum pois, numa sociedade
capitalista, é necessário formar
consumistas e não cidadãos.
Portanto, a arte é um dos poucos meios de libertar o
ser humano de tudo aquilo que o
aprisiona. "Prisões" estas que foram
criadas pela sociedade através de seus modelos educacionais (família, instituições,
escola e meios de comunicação) sem esquecer que alguns grilhões foram criados
por nós mesmos. Este projeto cultural e
social trabalha a dança e a música folclórica brasileira como meio de libertar
o ser humano da timidez, vergonha, preconceito, dificuldade em trabalhar em
equipe, entre tantos outros entraves. Os resultados obtidos são inúmeros, sendo
que o mais significativo é a transformação dos componentes em pessoas
participativas, ou seja, ATORES e
não mais espectadores de sua própria
história.
¹ Saiba mais sobre o assunto acessando o texto: “10 estratégias de manipulação” de Avran Noam disponível em: http://www.institutojoaogoulart.org.br/noticia.php?id=1861
Bem vinda, nova blogueira educacional!
ResponderExcluir:-)
Obrigada Naty! Espero contribuir para a melhoria de nossa educação!
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